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Podemos todas as coisas quando acreditamos fielmente no criador, não há nada impossível prá Deus. Pois o seu único motivo de existência é nos amar fielmente. Portanto, quando todas as portas se fecharem para ti, tenha certeza que a grande porta irá se abrir e tudo mudará em sua vida, a partir da hora que acreditar que você "pode tudo, naquele que te fortalece", Jesus Cristo, filho de Deus.

LIGA DAS FLORESTAS

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sua vida, minha vida, nossas vidas!

                                                                     Imagem Google

Que esperamos da vida? O que temos a oferecer? Por que corremos tanto? Qual o objetivo da labuta de cada dia?
Estas são algumas das perguntas que não quer calar. Começo tentando retratar o meu ponto de vista a respeito do ser humano de sua dignidade e de sua fragilidade diante do infortúnio. Entre outras coisas precisamos primeiro conhecer as nossas fragilidades, os nossos medos, angustias e desalentos para perceber quão frágil é o outro quando toma o seu lugar nestes mesmos adjetivos. A vida nos foi dada com o intuito de perceber em nós mesmos até onde queremos e podemos lutar e até onde queremos ir. Quanto aos nossos irmãos todos eles o que querem de nós? O que necessitam de nós? Simples. O que também esperamos deles. O que esperam na caminhada da vida? Seria você capaz de fechar os olhos diante de uma adversidade que no momento não é sua é do outro. E se fosse ao contrário? Se não o fosse e sim você a enfrentá-la.? Fecharia os olhos para teus próprios problemas, de sua própria dor ou tentaria resolve-los e continuar vivendo?Perguntas, perguntas que seu próprio eu poderá responder.


Por que corremos tanto na labuta da vida, se somos tão pequenos diante da morte? Dias se vão, dias vem. Você e eu a encontraremos cedo ou tarde. Encontros e desencontros com ela todos os dias, nos dar a certeza que ela a morte é a nossa única certeza. Correr prá que? Desperdiçar momentos preciosos, simples momentos de vida, tão simples, tão suave que como a relva e o orvalho do campo nos foi concedido gratuito. Em cada momento de vida há algo simples a fazer, dando-lhe assim um sentido. . Um simples gesto de amor e gratidão já nós são suficiente para morrer em paz. Ajudar ao ancião a atravessar a rua devagar seguindo o seu ritmo, seria mais vantajoso do que atropelar seus sentimentos de culpa ao vê-lo cair na rua por não obter a sua simples ajuda que para ele seria muito pelo o enfado de seus dias. Correr prá que? Não devemos correr léguas e léguas por dia que nos distancie daqueles que dariam tudo para está cada vez mais perto. Viver seguindo nosso próprio ritmo já é o suficiente para chegar onde queremos ou merecemos ir. Fazer algo especial todos os dias fará de você o maior corredor do mundo nas trilhas da sua consciência e a essa é que devemos nos explicar no fim de cada dia. Seu trabalho você o escolheu por vocação, por amor ou pelo simples fato de ter um salário no final de cada mês? Engoles com dignidade cada grão comprado com ele? Ou se engasga ao lembrar que este grão é o resultado de um trabalho sem satisfação? Agarre com todas as forças o seu trabalho ame, acalente-o todos os dias, seja firme em suas funções seja digno do trabalho que lhe foi confiado. Em tudo faça com amor que em amor se multiplicará o seu ganho. E não cairá no fim do dia enfado de nada produzir. Ame tudo que fizer, não acumule encargos que não tenha capacidade de cumprir para não desperdiçar o seu dia e não seja um trabalhador frustrado. Faça algo que valha a pena a sua caminhada. Encontre em cada situação uma chance prá ajudar a alguém. Faça de cada adversidade um motivo para moldar sua vida e do seu próximo. Use o que tens a oferecer e conduza sua vida com simplicidade, assim viverás mais e terás a chance de ser merecedor da vida que Deus te deu!

Autora: ( Elizabeth Silva)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um Jardim Imaginário!

      Sonhar um lindo sonho e fazer  planos é minha maior ocupação. Sonhar com um mundo melhor, sonhar com crianças felizes, sonhar com jardins floridos em meu próprio jardim imaginário. Sonhar e  espalhar sorrisos e palavras doces  esperar que sejam  entendidas. . Meu coração tem fome de afeto!
      Em que tempos tão tristonhos minha alegria desponta. Nas margens de um rio que geme de sede e a água o desaponta, em sintonia com as ultimas gotas de seu leito na tentativa incessante de sugar-lhe a vida e renová-la.
    Amo a vida e é buscando no mais profundo do meu ser, respostas a minhas tão loucas perguntas. que encontro o outro  que, na mesma busca  se confunde comigo e é neste instante que a busca continua.
    Pois a vida é uma magia, e as perguntas  ficam no ar como a água em evaporação a resposta virá quando vier a chuva para banhar meus rios!
                                                                                                     
                                                                                                            (Elizabeth Silva)

Psicanálise Infantil

                                                                                               
Fruto de enganos ou de amor,
Nasço de minha própria contradição.
O contorno da boca,
A forma da mão, o jeito de andar
(sonhos e temores incluídos)
Virão desses que me formaram.
Mas o que eu traçar no espelho
Há que se armar também
Segundo o meu desejo.
Terei meu par de asas
Cujo vôo se levanta desses
Que me dão a sombra onde eu cresço
- como, debaixo da árvore,
Um caule
E sua flor.
                                                                                 ( Lya Luft)


Fonte: Florência

domingo, 2 de dezembro de 2012

Representações Sociais de idosos acerca da velhice

 
Resumo: A pesquisa teve como tema central as representações sociais de idosos acerca da velhice. De forma comparativa buscou-se analisar as possíveis divergências entre representações de idosas residentes em uma instituição de longa permanência e atuantes em uma associação da previdência social para aposentados. Como estratégias metodológicas foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com tais participantes, tendo como objetivo compreender os significados que marcam a fase do envelhecer, analisar a importância das relações sociais e verificar possíveis carências afetivas. Como resultado, percebeu-se que participantes inseridas no contexto em que propicia interação e reconhecimento social apresentaram representações de caráter positivo, diferente das participantes do abrigo que tiveram representações pautadas em significados pejorativos estereotipados. Desta forma, tornou-se necessário repensar acerca de novas praticas que beneficiem idosos que se encontram a margem da sociedade. A realização deste estudo pretendeu instigar novos meios de difusões acerca das potencialidades e capacidades dos idosos a fim de que estes tenham maiores reconhecimentos através de suas peculiaridades enquanto indivíduos, contribuindo assim para amenizar preconceitos e sofrimentos psíquicos. Palavras-chave: Representações sociais, envelhecer, preconceito, reconhecimento, peculiaridades.
Fonte: Psicologado - Artigos de Psicologia

Hoje é seu aniversário minha linda menina tenho orgulho de colocá-la em destaque!






Parabéns!
Hoje é um novo dia.
Abra os olhos e sinta o prazer da vida, pois hoje é um dia muito especial.
É o seu aniversário!
É um dia para refletir sobre o ano que passou.
Foram muitos erros e acertos, mas sempre a certeza de viver intensamente cada dia, aproveitando cada momento para aprender e evoluir.
Pois, cada dia é mais um passo na longa caminhada da vida.
E certamente você como ninguém sabe a pessoa especial que é.
Desejo-lhe tudo de bom.
Que você possa ser feliz e faça os outros felizes, pois não há dádiva maior que a vida e o amor.
Por isso, nunca pare a busca pelo crescimento interior e continue sempre a ser a pessoa que você é.
Te amo muito minha princesa mais linda!

sábado, 1 de dezembro de 2012

O SOL E A LUA







Quando o SOL e a LUA se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor.

Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo, deu-lhes então o toque final ...
o brilho !

Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento de que nunca mais se encontrariam.

A LUA foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado, ela foi se tornando solitária.

O SOL por sua vez havia ganhado um título de nobreza "ASTRO REI", mas isso também não o fez feliz.

Deus então chamou-os e explicou-lhes:
 Vocês não devem ficar tristes, ambos agora já possuem um brilho próprio.

A LUA entristeceu-se muito com seu terrível destino e chorou dias a fio...já o SOL ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se
abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido por Deus.

No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido a ELE:

Senhor, ajude a LUA por favor, ela é mais frágil do que eu, não suportará a solidão...

E Deus em sua imensa bondade criou então as estrelas para fazerem companhia a ela.
a LUA sempre que está muito triste recorre as estrelas que fazem de tudo
para consolá-la, mas quase sempre não conseguem.

Hoje eles vivem assim....separados, o SOL finge que é feliz, a LUA não
consegue esconder que é triste.

O SOL ainda esquenta de paixão pela LUA e ela ainda vive na escuridão da saudade.

Dizem que a ordem de Deus era que a LUA deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso....
porque ela é mulher, e uma mulher tem fases.

Quando feliz consegue ser cheia, mas quando infeliz é
minguante e quando minguante nem sequer é possível ver o seu brilho.

LUA e SOL seguem seu destino, ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca.

Humanos tentam a todo instante conquistá-la, como se isso fosse possível. Vez por outra alguns deles vão até ela e voltam sempre sozinhos, nenhum deles jamais conseguiu trazê-la até a terra, nenhum deles realmente conseguiu conquistá-la, por mais que achem que sim.

Acontece que Deus decidiu que nenhum amor nesse mundo seria de todo
impossível, nem mesmo o da LUA e o do SOL... e foi aí então que ele criou o eclipse.

Hoje SOL e LUA vivem da espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos e que custam tanto a acontecer.

Quando você olhar para o céu a partir de agora e ver que o SOL encobriu a LUA é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a se amar e é ao ato desse amor que se deu o nome de eclipse.

Importante lembrar que o brilho do êxtase deles é tão grande que
aconselha-se não olhar para o céu nesse momento, seus olhos podem cegar de ver tanto amor.




http://www.meu.cantinho.nom.br/mensagens/sol_e_a_lua.asp

Teoria do Desenvolvimento


Segundo o dicionário, a palavra "teoria", do grego θεωρία ,o substantivo theoría significa ação de contemplar, olhar, examinar, especular; significa princípios básicos e elementares de uma arte ou ciência; sistema ou doutrina que trata desses princípios. A teoria surge com a observação de fatos, e há fatos que são também reconhecidos pelo mesmo nome de uma teoria. Uma teoria jamais é uma expressão perfeita da realidade, mas um modelo pelo qual essa realidade pode ser descrita e compreendida.O que é Desenvolvimento?
Em geral é um processo dinâmico de melhoria, que implica uma mudança, uma evolução, crescimento e avanço.

Teoria do Desenvolvimento
 O objecto da psicologia é o estudo científico do comportamento (reações observáveis) e os processos mentais e da relação entre eles (sentimentos, emoções, fantasias – não podem ser observáveis directamente). A psicologia estuda questões ligadas à personalidade, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema nervoso, ao comportamento em grupo, ao prazer e à dor...“Os psicólogos não se limitam à descrição do comportamento. Vão mais além: procuram explicá-lo, prevê-lo e, por último, modificá-lo para melhorar a vida das pessoas e da sociedade em geral.”
Cada teórico isolou e buscou esclarecer determinados aspectos da natureza humana, o problema é que cada um julgou que a sua visão fosse a mais acertada, aliás, a única correta, visto que suas teorias foram examinadas minunciosamente. Particularmente creio que cada teórico trouxe importante contribuição para uma melhor compreensão das partes que formam o todo que é o ser humano.
O comportamento humano é algo ainda envolto em mistérios que a ciência se dedica a desvendar. Cada teoria aqui colocada de forma resumida, representa um esboço destas tentativas de compreensão do potencial humano.
ERIK ERIKSONErik Homburger Erikson (Frankfurt, 15 de junho de 1902 - Harwich, 12 de maio de 1994) foi um psiquiatra responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia e um dos teóricos da Psicologia do Desenvolvimento.
Começou a sua vida como artista plástico. Em 1927, depois de estudar arte e viajar pela Europa, passou a leccionar em Viena a convite de Anna Freud, filha de Sigmund Freud. Sob orientação dela, submeteu-se à psicanálise e tornou-se ele próprio psicanalista, embora tenha tecido criticas à psicanálise por esta não ter em conta as interacções entre o individuo e o meio, assim como por privilegias os aspectos patológicos e defensivos da personalidade. No início da carreira, o interesse de Erikson esteve voltado para o tratamento de crianças e as suas concepções de desenvolvimento e de identidade influenciaram as pesquisas posteriores, nomeadamente sobre a adolescência. A si se deve a expressão "crise da adolescência".Em 1933 emigrou para os Estados Unidos e naturalizou-se americano. Leccionou nas universidades de Harvard, Berkeley e Yale. Na década de 1930, tendo mesmo habitado na reserva dos índios
Sioux, as suas experiências pessoais em antropologia, muito referidas nas suas obras, deram-lhe uma perspectiva social marcante. As investigações com os índios confrontaram-no com o sentimento de desenraizamento e de ruptura que estes experienciavam entre a história do seu povo e a cultura americana. Em 1936 transferiu-se para um centro de estudos de relações humanas e começou a estudar a influência de factores culturais no desenvolvimento psicológico.Com base nessas pesquisas formulou a teoria segundo a qual as sociedades criam mecanismos institucionais que propiciam e enquadram o desenvolvimento da personalidade, embora as soluções específicas para problemas similares variem de cultura para cultura. Na década de 1940, Erikson concebeu o modelo que expôs em ´Infância e sociedade´ (1950). Erikson publicou livros sobre Martinho Lutero, Gandhi e Hitler e escreveu ensaios em que relaciona a psicanálise com a história, política, filosofia e teologia, tais como "A história da vida e o momento histórico" (1975). Criador da expressão "crise de identidade", Erik Erikson morreu em 12 de maio de 1994, em Harwich, estado de Massachusetts. As suas concepções revolucionaram a psicologia do desenvolvimento, continuando, nos dias de hoje, a motivar investigações e reflexões várias.
Teoria do Desenvolvimento PsicossocialA teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson prediz que o crescimento psicológico ocorre através de estádios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interacção da pessoa com o meio que a rodeia. Esta teoria concebe o desenvolvimento em 8 estádios e cada estádio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma vertente negativa. As duas vertentes são necessárias mas é essencial que se sobreponha a positiva. A forma como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estádios irá influenciar a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida.
Princípio Epigenético: Cada estágio contribui para a formação da personalidade total, sendo por isso todos importantes mesmo depois de se os atravessar. Como cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve atribuir uma duração exata a cada estágio.
O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estágio específico. Nesse será então mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo também raízes prévias anteriores.A formação da identidade inicia-se nos primeiros quatro estágios, o senso desta negociado na adolescência, evolui e influencia nos últimos três.
Na opinião de Erikson, a personalidade forma-se à medida que as pessoas passam pelas fases psicossociais.Em cada fase há um conflito a enfrentar e a resolver, de forma positiva e negativa.

SOLUÇÃO POSITIVA: à Saúde Mental.
SOLUÇÃO NEGATIVA: à Desajustamento.
1º ESTÁGIO: CONFIANÇA X DESCONFIANÇA“A razão adequada de confiança e de desconfiança resulta na ascendência da esperança: A esperança é a virtude inerente ao estado de estar vivo mais primitiva e mais indispensável.”(Erikson, Apud; Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campbell, 2000: p. 70)- ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida. A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a reflectir-se nas relações futuras. Se a relação é de segurança e as suas necessidades são satisfeitas, a criança vai ter melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis socialmente requeridos.
2º ESTÁGIO: AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDANesse período os bebês sentem-se autônomos. Se os pais exigem demais muito cedo, ou impedem o uso de habilidades recentemente descobertas, as crianças sentem vergonha e dúvida.O segundo estádio – autonomia/dúvida e vergonha – é caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (os impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o meio deve estimular a criança a fazer as coisas de forma autónoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com sentimentos de vergonha. De facto, afirmar uma vontade é um passo importante na construção de uma identidade.
3º estágio: INICIATIVA X CULPA“O propósito, então, é a coragem de imaginar e buscar metas valorizadas não-inibidas pela derrota das fantasias infantis, pela culpa e pelo medo constante da punição.”(Erikson, Apud. Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; Jonh B. Campbell, 2000:p.172)é o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer. Este estádio marca a possibilidade de tomar iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de que pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir culpa.

4º estágio: DILIGÊNCIA X INFERIORIDADE“A competência, então é o livre exercício da destreza e da inteligência na conclusão de tarefas, não prejudicado pela inferioridade infantil.”(Erikson, Apud. Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campell, 2000: p.172)Decorre na idade escolar antes da adolescência. A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste estádio, a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes.
5º estágio: IDENTIDADE X CONFUSÃO DE PAPELA busca da identidade explica muitos padrões de comportamento adolescente. Marca o período da adolescência. É neste estádio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência. Factores que contribuem para a confusão da identidade são: perda de laços familiares e falta de apoio no crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares; dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que permitem o reconhecimento de outras perspectivas) e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e as figuras de ligação.
6º estágio: INTIMIDADE X ISOLAMENTOOs jovens adultos estão prontos para formar vínculos sociais duradouros: Demonstrar interesse, compartilhar e confiar nos outros. Ocorre entre os vinte e os 30 anos, aproximadamente. A tarefa essencial deste estádio é o estabelecimento de relações íntimas do jovem adulto com outras pessoas. A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer compromissos nem troca de afetos com intimidade.
7º estágio: GENERATIVIDADE X AUTO-ABSORÇÃOO Termo Generatividade foi cunhado por Erikson para se referir a um compromisso com o futuro e com a nova geração. É caracterizado pela necessidade em orientar a geração seguinte, em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos sociais, à falta de relações exteriores, à centralização em si próprio.
8º estágio: INTEGRIDADE X DESESPERANÇAAs pessoas que olham para trás sentem-se satisfeitas e aceitam sua vida, achando que valeu a pena viver, têm um senso de integridade.ocorre a partir dos sessenta anos e é favorável uma integração e compreensão do passado vivido. Quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta de poderes físicos, sociais e cognitivos, este estádio é mal ultrapassado.
Crise da Adolescência - Para que ocorra, são necessárias as seguintes condições: um certo nível de desenvolvimento intelectual, a ocorrência da puberdade, um certo crescimento físico e pressões culturais que levem o adolescente à efectiva ressíntese da sua identidade. Para além das mudanças físicas já referidas acima, o adolescente adquire também a capacidade de operações formais e raciocínio abstracto. O pensamento formal constitui a capacidade de reflectir acerca do seu próprio pensamento e do pensamento dos outros. O raciocínio abstracto permite colocar hipóteses, conceber teorias e opera com proposições.É fundamental que ocorra o chamado período de moratória, em que o jovem tem possibilidades de explorar hipóteses e escolher caminhos. De facto é nesta altura que vários agentes de socialização exercem pressão para o assumir responsabilidades e para a tomada de decisões, principalmente do foro escolar e profissional. Erikson considera que a moratória institucionalizada – rituais sociais para a entrada na idade adulta, como a escola da área profissional no ensino escolar – facilitam a preparação para a aquisição de papéis na sociedade. Por noutro lado, um contexto social não estruturado pode levar a uma crise de identidade. Como não é possível separar a crise de identidade individual com o contexto histórico da sociedade em que se insere o indivíduo, momentos de crise como guerras, epidemias e revoluções influenciam o adolescente em larga escala, quanto aos seus valores morais, por exemplo.Os outros têm um importante papel na definição da identidade: o jovem vê reflectido no seu grupo de amigos parte da sua identidade e preocupa-se muito com a opinião dos mesmos. Por vezes, procura amigos com “maneiras de estar” divergentes daquela em que cresceu, de forma a poder pôr em causa os valores dos pais, testando possibilidades para construir a sua própria “maneira”. O grupo permite um jogo de identificações e a partilha de segredos e experiências essenciais para o desenvolvimento da personalidade.Segundo Erikson, o adolescente que adquire a sua identidade é aquele que se torna fiel a uma coerente interacção com a sociedade, a uma ideologia ou profissão, que é também uma tarefa deste estádio. A fidelidade permite ao indivíduo a devoção a uma causa – compromisso com certos valores. Também permite confiar em si próprio e nas outras pessoas, como tal, a interacção social é fundamental. A formação de identidade envolve a criação de um sentido de unicidade: a unidade da personalidade é sentida por si e reconhecida pelos outros, como tendo uma certa consistência ao longo do tempo.
Ego Criativo: Soluções criativas para os problemas que surgem em cada estágio. Pois quando se sente ameaçado reage com um esforça renovado e não desiste, sendo os poderes de recuperação deste inerentes ao ego jovem. Opera independente do id e do superego.
Referência Bibliográfica
PAPALIA, D.; OLDS, S.W.; FELDMAN, R. D.Desenvolvimento Humano. 8 ed.Porto Alegre: Artmed, 2006http://www.teoriaspersonalidade.com.br/ /Acesso em 24/02/2008 as 12:00 h.
Fonte: Psicologando

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Período Sensório-Motor de Piaget



O ser humano tem uma capacidade cognitiva única no mundo. É ela que nos distingue dos outros animais, que nos faz perceber essa distinção, que nos dota da capacidade de comunicação, que nos dá subsídios para (tentar) entender o mundo. Mas como adquirimos essa inteligência? Como desenvolvemos essa inteligência, que desde bebês nos faz distintos dos outros animais? É sabido que os primeiros anos de vida são fundamentais no desenvolvimento do ser humano. Essa concepção iniciou cientificamente apenas no começo do século XX, com os estudos da criança e do comportamento infantil. Desde então, vem-se estabelecendo uma série de pesquisas sobre diferentes aspectos da vida psíquica da criança, do seu desenvolvimento e da concepção de inteligência (e da formação dessa inteligência) na criança.
Um importante teórico do desenvolvimento, Jean Piaget, preocupou-se bastante com a questão de como o ser humano elabora seus conhecimentos sobre a realidade, como acontecem os processos de pensamento. Seus estudos trouxeram como consequência um avanço enorme do que hoje se denomina psicologia do desenvolvimento.
Piaget sustenta que o conhecimento procede de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas, existindo uma relação de interdependência entre o próprio indivíduo, o objeto e o meio em que está inserido, buscando sempre um equilíbrio com relação a esse meio. O ser humano, desde bebê, é ativo em seu crescimento, com seus próprios padrões de desenvolvimento.
O seu estudo da gênese psicológica do pensamento humano, que procura distinguir as raízes das diversas variedades de conhecimento a partir de suas formas mais elementares, e acompanhar seu desenvolvimento nos níveis subsequentes até, inclusive, o pensamento científico, foi o que chamou de epistemologia genética.
Os métodos utilizados por ele incluíam questionário, entrevistas e até mesmo a observação de crianças e dos seus próprios filhos. E ao acompanhar o desenvolvimento do ser humano, Piaget concebeu períodos ou estágios no crescimento do ser humano, que trazem novas formas de organização mental, qualitativamente diferentes e que possuem complexidades crescentes e sucessivas.
E todas as etapas começam com o nascimento. Este artigo tem como objetivo descrever o que Piaget definiu como a aquisição da inteligência no período inicial de desenvolvimento do ser humano, o período sensório-motor.

O Período Sensório-Motor

Piaget denominou o estágio que vai desde o nascimento até 2 anos de vida da criança como período sensório-motor. Utilizou essa denominação pois é durante os primeiros anos de vida que o bebê primeiramente percebe o mundo e atua nele, onde coordena as sensações vivenciadas junto com comportamentos motores simples, juntando o sensorial a uma coordenação motora primária. O bebê tem sensações e descobre o mundo através do deslocamento de seu corpo. Há uma interdependência em perceber o mundo e atuar nesse mundo.
Nesse período, os bebês desenvolvem a capacidade de reconhecer a existência de um mundo externo a eles, tendo autonomia para explorá-lo e construir sua percepção de mundo. Passam a agir não mais apenas por reflexo, mas direcionam seus comportamentos tendo objetivos a alcançar. É subdividido em 6 subestágios:
1ª subestágio: Vai do nascimento até aproximadamente 1 mês e meio de vida. Os reflexos inatos, ao serem exercitados, vão sendo controlados e coordenados pelos neonatos. Os autores Cole & Cole (2003) citam que Piaget acreditava que os reflexos presentes no nascimento proporcionavam a conexão inicial entre os bebês e seus ambientes. Contudo, esses reflexos iniciais não acrescentavam nada de novo ao desenvolvimento, pois sofrem muito pouca acomodação. Assim, eles refletem os limites provenientes de nossa herança genética.
Segundo Piaget (1977, apud COLE & COLE, 2003) “poder-se-ia dizer que a lei básica da atividade psicológica desde o nascimento é a busca pela manutenção ou repetição de estados de consciência interessantes“ o que consistiria, então, numa primeira evidência de desenvolvimento cognitivo.
Essas relações circulares nos meses iniciais de vida propiciam o desenvolvimento tanto da diferenciação, que se refere à capacidade do bebê de diferenciar objetos (como quando aprendem que certos objetos podem ser sugados, e outros não), quanto da integração, característica do bebê que permite uma coordenação com as duas mãos como quando seguram um brinquedo com uma mão, e o braço da mãe com a outra. (COLE & COLE, 2003)
Nos primeiros meses de vida, o bebê não possui a capacidade de entender a permanência do objeto, que é a capacidade de assimilar que objetos continuam a existir mesmo quando não estão no campo visual da criança ou quando não podem ser manipulados por ela. Em A construção do real pela criança (1996), Piaget descreve que, inicialmente, no conjunto das impressões que a criança tem de mundo, ela reconhece e distingue certos grupos estáveis, denominados de quadros. Quando não percebe um objeto ou pessoa nesse quadro, a criança ainda não tem maturidade para entender que os objetos continuam a existir, mesmo quando não estão presentes.
2º subestágio: vai de aproximadamente 1 mês e meio até 4 meses. Nesse subestágio, a criança, depois de executar por acaso uma ação que provoca uma satisfação, passa a repetir essa mesma ação repetidas vezes, o que é chamado de reação circular. Durante esses primeiros meses de vida, em que o objeto de manipulação é o próprio corpo do bebê, esse comportamento é chamado de reação circular primária (como quando a criança suga o polegar, primeiro num movimento aleatório, e depois repete essa ação, em vista da satisfação que gera na criança). É nessa etapa que os bebês também começam a atentar para os sons, demonstrando capacidade de coordenar diferentes tipos de informações sensoriais, como visão e audição, e a coordenar seu universo visual com o tátil.
Piaget (apud PAPALIA et al, 2006) afirma que, através da coordenação de informações visuais e motoras, os bebê vão desenvolvendo o conhecimento sobre o meio que o cerca, objetos e espaço, vendo os resultados de suas próprias ações. Primeiramente, esse conhecimento limita-se àquilo que está ao seu alcance. Com a chegada da autolocomoção, aí sim os bebês poderão se aproximar de um objeto, para então avaliá-lo e comparar sua localização com a de outros objetos.
3º subestágio: vai de 4 a 8 meses. É durante esse período que as reações circulares do bebê passam a ser secundárias, ou seja, o foco da ação é externo ao bebê, como quando a criança descobre um brinquedo e o utiliza para brincar.
Nessa fase os bebês dirigem sua atenção ao mundo externo, tanto aos objetos quanto para os resultados de suas ações. As reações circulares secundárias também são aplicadas às vocalizações, em que o bebê emite sons que são selecionados pelos pais, ao reforçarem a emissão dessas vocalizações.
Cole & Cole (2003) citam que essa mudança de reações circulares primárias para secundárias indicou a Piaget que os bebês estão começando a entender que os objetos são mais do que extensões de suas próprias ações. Mas não possuem ainda noção definida do espaço à sua volta, descobrindo o mundo muitas vezes em ações acidentais.
4º subestágio: Vai aproximadamente de 8 a 12 meses. Nessa fase, há um desenvolvimento na coordenação das reações circulares secundárias. Assim, o bebê já possui maior controle sobre a manipulação do meio externo, e conduz ações voltadas a um objetivo, ou seja, tem intencionalidade em seus atos. As crianças então conseguem coordenar esquemas elementares para conseguir algo que eles querem.
É nesse período que a criança desenvolve melhor a noção de permanência do objeto, procurando ativamente objetos desaparecidos, por exemplo, utilizando da preensão para afastar algum objeto que esteja escondendo aquilo que o bebê quer. Cole & Cole (2003) escrevem que Piaget defendia que até o subestágio 4, os bebês são totalmente desprovidos da permanência do objeto e por isso não podem manter na mente objetos ausentes. Consequentemente eles experimentam o mundo dos objetos como um fluxo de quadros descontínuos, que estão sendo constantemente aniquilados e reanimados.
A criança, aqui, já é capaz de comportar-se deliberadamente, dotada de intencionalidade, e desenvolvem essa capacidade à medida que vão coordenando esquemas previamente aprendidos e a usar comportamentos anteriormente aprendidos para atingir seus objetivos (como engatinhar pela sala para pegar um brinquedo), podendo inclusive antecipar acontecimentos. (PAPALIA et al, 2006)
5º subestágio: ocorre entre 12 a 18 meses, aproximadamente. Nessa fase, os bebês apresentam reações circulares terciárias, em que testam ações a fim de obter resultados parecidos, ao invés de apenas repetir movimentos que trouxeram satisfação. Há uma interação das reações primária e secundária, existindo então um foco nos objetos e no próprio corpo. Cole & Cole (2003) diferenciam as reações circulares terciárias das secundárias por conta do caráter de tentativa e erro da primeira, enquanto as reações circulares secundárias envolvem apenas esquemas anteriormente adquiridos.
Nesse período há o início do desenvolvimento do pensamento simbólico, em que a criança realiza imagens mentais, ou seja, a capacidade de representar simbolicamente uma realidade mentalmente.
6º subestágio: último estágio, o das representações, que vai de 18 a 24 meses. Há o domínio da permanência do objeto, ou seja, há representação dos objetos ausentes e de seus deslocamentos. A representação, ou seja, a capacidade de representar mentalmente objetos e ações na memória, principalmente através de símbolos (incluindo os numerais), significa dizer que os bebês conseguem representar o mundo para si mesmos, envolvendo-se, portanto, em ações mentais reais. (COLE & COLE, 2003; PAPALIA et al, 2006)
Os autores afirmam, também, que a capacidade de manipular símbolos proporciona à criança ampliar suas percepções e experiências, não estando mais limitadas a experiências imediatas, apenas ao seu alcance. Elas já são capazes de imitação diferida, ou seja, reproduzir uma ação mesmo quando não está mais à sua frente. Surge o “faz de conta”, pensam antes de agir, têm compreensão de causa e efeito, podendo então resolver problemas.
Esse subestágio é uma transição para o estágio pré-operacional da segunda infância. O ponto final do desenvolvimento sensório-motor é a capacidade de retratar o mundo mentalmente e pensar sobre ele sem ter de recorrer à tentativa e erro.

Fonte: Psicologado - Artigos de Psicologia

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Apenas um Suspiro!


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   No livro de nossa vida existem páginas escritas com pequenas pausas que são os suspiros, que são os paragrafos muitas pessoas passam por elas como personagens quase invisível em pequenos trechos de nossa história.
    Outros tornam-se o personagem peincipal ocupando todas as páginas e fazendo muitas pausas ao longo de nossa história.  Paragrafos por paragrafos, virgulas por virgulas ponto por ponto eternizando sua história em capítulos intermináveis que em cada gesto cada ação aumenta  a quantidade de suspiros. Pois para cada paragrafo que termina é necessário um ponto.
   Não há ponto final para um personagem marcante em nossa história.. Há apenas uma pausa para o inicio de um novo começo em uma história sem fim! E nesta pausa deixa-se apenas um suspiro.

domingo, 18 de novembro de 2012

Histórias do RN 2.4 Disputa Acaba em União Peninsular

O cardeal D. Henrique assumiu o governo português em 1578. O prelado contava sessenta e seis anos e, como não tinha filhos, criava um problema para a sucessão do trono português. No dia 31 de janeiro de 1580, o governante morreu.

Entre os diversos pretendentes ao trono, três netos de D. Manuel se apresentavam com maiores possibilidades: D. Antônio, prior do Crato, D. Catarina e Felipe II, rei da Espanha renunciou a favor de Felipe II. A disputa se reduziu entre D. Antônio, que era filho bastardo do infante D. Luís, e o monarca espanhol, que era o mais poderoso pois contava com o apoio de importantes figuras da nobreza e do clero lusitano. Os dois rivais partiram para a disputa armada. D. Antônio enfrentou as tropas fiéis a Felipe II, chefiados pelo duque de Alba, sendo posteriormente derrotado.

A crise abalou profundamente Portugal e no dia 28 de junho, como narra Jânio Quadros, "iniciou-se a tomada de Portugal pelos duque de Alba, enquanto setenta e duas galés sob o comando do marquês de Santa Cruz, acompanhadas de setenta naus, chalupas e caravelas, encetavam as operações navais. As cidades, vilas, lugares e povoações caíram uma a uma em poder dos invasores, a despeito, aqui e ali, dos esforços dos partidários de D. Antônio em contê-los".

D. Felipe não agiu somente pela força das armas, fez praticamente, tudo. Propostas tentadoras aos membros da nobreza, além do apoio da Companhia de Jesus. Em síntese, ele comprou o apoio recebido de seus adversários com ouro e também através de seu poderio militar.

Tudo isso porque Felipe II tinha grandes interesses na anexação de Portugal ao reino espanhol: "O grande palco dos efeitos políticos espanhóis na era filipina havia sido, até aquela data, o Mediterrâneo, seria através desta unificação que a Espanha passaria a tomar parte na grande era atlântica inaugurada por Portugal", segundo a "História Geral da Civilização Brasileira", Vol. I. Por outro lado, os portugueses já participavam das atividades comerciais espanholas. Era importante para a Espanha a anexação do reino lusitano, justificando assim todo o empenho do monarca hispânico. Não foi difícil ocupar Portugal. Venceu Felipe II e, em 1581, as cortes de Tomar aclamaram-se rei de Portugal. Estava efetivada a "União Peninsular", que terminaria apenas no ano de 1640.

Para o Brasil, esse período foi uma fase altamente positiva. Exemplo: a conquista do Norte e Nordeste do País.


 Fonte: Tribuna do Norte:

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Histórias do RN 2.3 A Era Lusitana e o Marco de Posse


 

A primeira expedição que alcançou terras potiguares foi a de 1501. Essa viagem, iniciada no dia 10 de maio de 1501, se encontra envolvida em controvérsias. A começar sobre quem a teria comandado. Alguns nomes são apresentados: D. Nuno Manoel, André Gonçalves, Fernando de Noronha, Gonçalo Coelho e Gaspar de Lemos - o nome mais aceito. Quem participou também dessa expedição foi Américo Vespúcio.

Após sessenta e sete dias de viagem, foi alcançado o Rio Grande à altura do Cabo de São Roque e, segundo Câmara Cascudo, ali foi plantado o marco de posse mais antigo do País, registrando-se, na ocasião, contatos entre portugueses e potiguares.

O povo, por causa dos desenhos em forma de cruz no Marco de Posse, acreditou ser ele milagroso, surgindo assim, um culto. Oswaldo Câmara de Souza disse o seguinte: "O culto popular chegava às raias do fetichismo, havendo a crença absurda do que um chá preparado com fragmentos da pedra tinha poderes milagrosos, trazendo alívio e cura às mazelas do corpo e do espírito".

Nesse período, o governo lusitano, verificando que o litoral brasileiro estava sendo visitado por corsários, entre eles aventureiros franceses, resolveu enviar expedições militares para defender sua colônia. Foram as chamadas expedições guarda-costas, sendo consideradas as mais marcantes aqueles que vieram sob o comando de Cristóvão Jacques, entre 1516 a 1519 e 1526 a 1528. Uma iniciativa ingênua, considerando a imensa extensão do litoral. É o próprio Cristóvão Jacques que sugere o início do povoamento como solução para resolver o problema. Eminentes portugueses aprovaram e defenderam a idéia. D. João III, então envia uma expedição colonizadora chefiada por Martim Afonso de Souza.

A base estava lançada e em 1532 fundava-se São Vicente, no Sudeste do País, o que era muito pouco pois o Brasil possuía dimensões continentais. Cristóvão Jacques, entre outras coisas, sugere que se aplicasse no Brasil um sistema que já vinha sendo feito nas ilhas do Atlântico: o das Capitanias Hereditárias. Uma, na realidade, já havia sido criada em 1504 por D. Manuel, a de Fernando de Noronha. D. João III adota oficialmente o sistema no Brasil, criando quatorze capitanias no período compreendido entre 1934 e 1936. Entre elas, a de João de Barros, no futuro Rio Grande, como lembra Câmara Cascudo, "começando da Baía da Traição (Acejutibiró, onde há cajus azedos, segundo Teodoro Sampaio), limite norte da Donatária Itamaracá, pertencente a Pero Lopes de Souza, até a extrema indefinida".

A capitania possuía cem léguas de extensão. Em 1535, João de Barros, Aires da Cunha e Fernão Álvares prepararam a maior esquadra particular que havia saído do Tejo até aquele momento:" Com cinco naus e cinco caravelas, novecentos homens e mais de cem cavalos". O comando coube a Aires da Cunha. O governo investiu também nessa expedição: "D. João III emprestara artilharia, munições e armas retiradas do próprio Arsenal Régio", informa Câmara Cascudo. Por essa razão, muitos eram de opinião que Aires da Cunha pretendia, além de fundar colônias no Norte do Brasil, atingir o Peru pelo interior... Formando mais uma controvérsia ...

Varnhagen fala de um conflito entre nativos e portugueses à altura do rio Ceará-Mirim, Câmara Cascudo nega o incidente, afirmando que Varnhagen "arquitetou tal viagem". É taxativo: "Aires da Cunha nunca esteve no Rio Grande do Norte". Passando pelo litoral potiguar, o navegante seguiu viagem rumo ao Norte.

A expedição foi um fracasso total com a morte de Aires da Cunha. Os portugueses conseguiram fundar, ao Norte, o povoado de Nazaré, onde permaneceram três anos. Morreram setecentos homens. Os expedicionários partiram em busca de melhor sorte. Os resultados, porém, foram péssimos. Alguns foram jogados nas Antilhas; outros atingiram Porto Rico. E um grupo formado por São Domingos e João de Barros conseguiu reaver seus filhos que, quando regressavam de Nazaré, numa tentativa infrutífera, procuravam colonizar o Rio Grande. Foi nessa oportunidade que teria ocorrido o conflito entre potiguares e lusitanos, mencionado por Varnhagen. Mesmo fracassando, essa foi, na opinião de Câmara Cascudo, "a primeira tentativa de colonização no Rio Grande do Norte".
Fonte: Tribuna do Norte

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Histórias do RN 2.2 Os Franceses no Rio Grande do Norte




Quando os franceses foram expulsos do Sul do País seguiram rumo ao Norte, mantendo um ativo comércio com os nativos. Não conseguiram no entanto instalar uma colônia. Chegaram a contar com um intérprete: "Um castelhano tornado potiguar, beiço furado, tatuado, pintado de jenipapo e urucu, falando o nheengatu em serviço dos franceses com os quais se foi embora", narrou Câmara Cascudo. A base deles era o Rio Grande do Norte.

Os franceses passaram a fazer investidas contra a Paraíba, com o apoio dos potiguares. O ataque mais audacioso se realizou entre 15 a 18 de agosto de 1597. Portanto treze navios, o embate se deu com a fortaleza de Santa Catarina de Cabedelo, sob o comando do aventureiro Jacques Riffaul, que desembarcou trezentos e cinqüenta homens. E mais: "Vinte outras naus reforçaram a investida, esperando a ordem no rio Potengi". Não foi um simples assalto de corsários, mas se constituiu uma verdadeira batalha. A fortaleza foi defendida por apenas vinte soldados. A artilharia contava com cinco peças. Os portugueses resistiram ao ataque, forçando os franceses a baterem em retirada.

Vilma Monteiro analisa a importância dessa vitória: "Determina os novos rumos da conquista da região Norte. Permite a posse efetiva da Capitania do Rio Grande, seu povoamento e colonização, com isso abrindo as portas para a expansão civilizadora sobre novos territórios".

Os franceses, diante desse quadro, ameaçavam a Paraíba; após a caída desta, a próxima conquista seria Pernambuco ...

Foram eles que iniciaram o processo de miscigenação entre europeus e americanos na região. Dois aventureiros se destacaram: Charles de Voux e Jacques Riffault. Ainda hoje um local guarda no nome a lembrança de Riffault, no bairro do Alecrim em Natal, onde se ergueu a Base Naval (Refoles).
Fonte: Tribuna do Norte

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Histórias do RN 2 .1 Controvérsias Sobre a Presença Espanhola



A prioridade da descoberta do Brasil continua sendo uma questão polêmica. Para alguns estudiosos, os espanhóis chegaram primeiro. Varnhagen, por exemplo, defende que Alonso de Ojeda teria atingido o delta do Açu no Rio Grande do Norte. Outros autores concordam que o navegador espanhol visitou o Brasil, divergindo apenas do local. "Vinguand discorda e aponta como sendo o local correto as proximidades do Cabo de São Roque". Capistrano de Abreu e outros autores negam que Ojeda tivesse passado pelo Brasil.

A viagem de outro navegante espanhol também é alvo de discussões. Parece que Vicente Yañez Pinzon teria realmente vindo ao Brasil. Robert Southey chegou a afirmar o seguinte. "A primeira pessoa que descobriu a costas do Brasil foi Vicente Yañez Pinzon".

Segundo os cronistas, no dia 26 de janeiro de 1500, Pinzon chegou a um lugar que denominou de Santa Maria de la Consolación. A controvérsia que existe é sobre onde ficaria essa Santa Maria de La Consolación. Para uns, seria o cabo de Santo Agostinho. Varnhagen indica a Ponta de Mucuripe. Guanino Alves, que pesquisou a viagem de Vicente Pinzon, discorda e indica a ponta de Itapajé, no litoral norte do Ceará, como o local certo. O fato é que o navegante hispânico tomou posse da terra em nome da Espanha. E deu à região visitada o nome de Rostro Hermoso. Depois, Pinzon se dirigiu para o Norte, chegando até a foz do rio Amazonas, que denominou de Santa Maria de la Mar Dulce.

Outro navegador espanhol que provavelmente passou pelo Rio Grande do Norte foi Diego de Lepe e, segundo alguns pesquisadores, teria atingido a enseada do Açu.

Apesar das controvérsias, não se pode negar que os espanhóis antecederam aos portugueses na descoberta do Brasil, considerando que estiveram no País antes de abril de 1500.
Fonte: Tribuna do Norte

domingo, 11 de novembro de 2012

Histórias do RN 1.10 Tese Ousada: Cabral no Litoral Potiguar



Lenine Pinto, pesquisador norte-rio-grandense, afirma que a expedição de Pedro Álvares Cabral, que descobriu o Brasil, ao contrário do que se tem dito até hoje, teria pela primeira vez atingido o Brasil provavelmente na praia de Touros, em abril de 1500.

Klécius Henrique, repórter da TRIBUNA DO NORTE que entrevistou o escritor, escreveu o seguinte: "Lenine Pinto argumenta que Cabral em sua viagem rumo à Índia teria seguido a volta do mar numa manobra a partir do Cabo Verde, a oeste, coroneando a corrente subequatorial do Atlântico que se bifurcava no Cabo de São Roque, numa aproximação dramática do litoral potiguar, onde teria aportado em 22 de abril de 1500".

Lenine Pinto desenvolveu, entre outros, o seguinte argumento: "João da Nova, em 1501, quando saiu à procura de Cabral, de Cabo Verde, levou trinta dias para chegar ao cabo de São Roque. Como Cabral, no mesmo tempo, chegaria ao sul da Bahia?

"A duração da viagem de Cabral, Portugal-Brasil, é muito importante. É preciso, portanto, saber o tempo que se gastaria para realizar a viagem Portugal-Touros e a viagem Portugal-sul da Bahia, naquela época.

Lenine diz ainda o seguinte: "Há muitos locais no RN semelhantes aos narrados por Caminha na carta ao rei D. Manuel". Acontece que fica difícil acreditar que os historiadores não tenham percebido antes o erro, afirmando que o lugar atingido por Cabral foi o sul da Bahia. A distância é muito grande. Como explicar tal equívoco?

A tese foi lançada. A dúvida poderá ser dissipada quando Lenine Pinto publicar o seu livro "Reinvenção do Descobrimento do Brasil".
Fonte: Tribuna do Norte

sábado, 10 de novembro de 2012

Histórias do RN 1.9 A Carta de Pero Vaz de Caminha


A carta de Pero Vaz de Caminha narrando a descoberta do Brasil, já muito estudada, foi reproduzida na íntegra em alguns livros de História do Brasil. A quase totalidade desses estudos se caracteriza pela erudição. A Dominus lançou uma edição pioneira para o grande público, sem se perder em vulgaridade, contando com uma introdução que é um pequeno estudo sobre aquele documento, escrito por Leonardo Araújo.

A carta foi redigida por uma testemunha ocular do fato, mais do que isso, um eminente humanista. Não é apenas um relatório narrando as peripécias dos navegantes lusitanos numa viagem marítima. Fornece subsídios para uma melhor compreensão daquele acontecimento.

A descrição, pela primeira vez, da terra descoberta é, talvez, a parte do texto mais conhecida: "as saber, primeiramente, de um grande monte, muito alto e redondo: e de outras serras mais ao sul dele, e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de o Monte Pascoal e à terra a Terra de Vera Cruz!

Grande observador, descreve os homens da terra com riqueza de detalhes: "A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem coberta alguma (...) Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como furador (...). Os cabelos são corredios".

Narra também o contato de homens que possuíam culturas diferentes e que nativos e portugueses procuravam se entender através de festos, na falta de conhecimento do idioma do interlocutor. Surgindo, naturalmente, alguns desentendidos: "acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do capitão (que era de ouro) como se dariam por aquilo".

"Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejamos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos nós entender, porque lhe havíamos de dar!" E mais adiante: "Ali por não houve fala ou entendimento com eles, por a barbaria deles ser tamanha que se não entenderia nem ouvia ninguém". Lança, portanto, a culpa do não entendimento na barbaria em que se encontravam os nativos. Essa observação não passam de uma prova a mais do etnocentrismo europeu. Os brancos eram os "civilizados", os seres superiores; e os donos da terra, ao contrário, pobres coitados ...

Mas não se pode dizer que o referido documento seja a primeira página da História do Brasil por uma razão muito simples: a História do Brasil começa quando chegaram nesta terra os primeiros homens, numa época bem anterior à vinda dos europeus.

A carta de Pero Vaz de Caminha é, no entanto, um relato longo, minucioso, com dados importantes, fornecendo subsídios não somente para a História do Brasil, mas ao mesmo tempo para outras ciências, como, por exemplo, a antropologia.

Com ela se encerra a fase pré-histórica do País, começando um novo período: o da história escrita, entrando a terra descoberta para o clube do mundo dos "civilizados" ... E os portugueses, certamente, não estavam sozinhos. Portugal teria que enfrentar uma grande concorrência e teve que lutar muito para ficar de posse definitiva do Brasil.
Fonte: Tribuna do Norte

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

História do RN 1.8 Ambições Ibéricas e a Descoberta do Brasil

As ambições expansionistas da Espanha e Portugal entravam em conflito. Portugal consegue, com D. João (1418) do Papa Martinho V. a bula Sane Charissimus. Seguem outras bulas: Eti Suscepti (1442), Romanus Pontifex (1454), Inter Coetera (1456).

Após a descoberta da América por Cristóvão Colombo, a Espanha entra na briga, procurando obter benefícios da Igreja, graças ao prestígio que desfrutava na Cúria Romana. As bulas iam saindo, refletindo a maior ou menor influência de uma das duas potências ibéricas, em dado momento provocando, inclusive, o protesto do teólogo Francisco Vitória.

Finalmente, Espanha e Portugal chegaram a um acordo. Com o Tratado de Tordesilhas (7 de junho de 1494), o mundo ficaria dividido entre as duas potências ibéricas.

Descoberto o caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama, D. Manuel prepara uma grande esquadra que parte rumo ao Oriente. O comando da armada é entregue à Pedro Álvares Cabral, alcaidemor de Asurara que, segundo Pedro Calmon, "pertencia à melhor gente da beija, cujo grande feito foi, justamente, a descoberta do Brasil".

Como diz ainda o mesmo autor, a armada "ia defrontar o ignoto, nas paragens do Índico: a paz ou a guerra. Devia ser forte. Foi preparada com magnificência: não mais para descobrir \, como a de Vasco da Gama, mas para aliciar ou intimidar o "samorin" de Calecute, nos Estados opulentos".

Participavam da armada nomes ilustres: Nicolau Coelho, Sancho de Tovar, Péro Escobar, Pedro de Ataíde, Vasco de Ataíde, o bacharel mestre João etc.

No dia 9 de março de 1500, após missa solene no dia anterior, Cabral e seus companheiros iniciavam a viagem. Roteiro: ilhas Canárias, São Nicolau. No dia 23, a nau de Vasco de Ataíde desapareceu. No mês seguinte, no dia 22, os expedicionários avistam um monte que recebeu o nome de Monte Pascoal.

Nicolau Coelho manteve os primeiros contatos com os nativos. Fotam celebradas duas missas, ambas por Henrique Coimbra. A primeira, num domingo, dia 26 de abril de 1500, e a segunda, no dia 1º de maio.

No dia seguinte, a esquadra partia rumo ao Oriente. Estava, oficialmente, descoberto o Brasil. O acontecimento foi narrado de maneira brilhante na carta de Pero Vaz de Caminha.
Fonte: Tribuna do Norte

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

História do RN 1.7 Cristóvão Colombo Descobre a América



Antes da unificação da Espanha, o Reino de Aragão, desde o século XII, estava voltado para o Mediterrâneo: "Mesmo após a criação do Estado Nacional, a coroa espanhola seguiu dupla orientação: européia e mediterrânea, segundo interesses aragoneses, americana e atlântica, atendendo às aspirações castelhanas", como registra o livro "História das Sociedades - das sociedades modernas às sociedades atuais", de Rubim Santos de Aquino e outros autores. Mais tarde, quando se criou o Estado Nacional, com a expulsão dos muçulmanos, a Espanha não se preocupou em navegar pelo Ocidente para atingir o Oriente.

Essa política tinha uma série resistência. O seu grande defensor era um estrangeiro, filho de Gênova, chamado Cristóvão Colombo. E a viagem só se efetivou graças ao apoio de dois grupos poderosos: o católico, liderado por Luís de Santangel. Colombo, na realidade, não pensava em descobrir um continente e no entanto foi o que aconteceu. A partir desse momento (1492), a Espanha teve que valorizar uma política Atlântica, principalmente após as descobertas de minas de prata e de ouro no continente americano.

As conseqüências do descobrimento ultrapassaram os limites das fronteiras do império hispânico e se tornaram universais: "a Europa também se transforma graças, sobretudo, ao ouro e à prata, vindos do novo continente. A exploração das colônias, na América, promove a formação de grandes riquezas, cujo capital foi aplicado na indústria. Surge, assim, o regime capitalista", como comentou Alberto Pinheiro de Medeiros, no trabalho "A descoberta da América e as Mudanças", publicado no seminário "Dois Pontos", em outubro de 1992.
Fonte: Tribuna do Norte