Autora: Elizabeth SivaArtigo para a Faculdade de direito.
A história narrada no documentário Zumbí somos nós, mostra com clareza a falta de sensibilidade do ser humano em meio a uma sociedade racista, onde a desigualdade social e a falta de amor ao próximo vedam os olhos para as causas culturais e sociais de um povo.
O ser humano perdeu sua essência quando ao Ives de perceber o valor e a qualidade do ser, debruçou-se em selecionar cores de pele, para detectar quem é e quem não é gente. Quem pode e quem não pode errar, quem vai e quem não governar, mandar, respeitar, viver.
A dignidade está na cor? Na raça? Na cultura? Infelizmente a narrativa mostra essa desigualdade social a olhos vistos, e não há como negar a estupidez dos mais bem favorecidos por cargos, bons salários e a felicidade de está tachado como branco, onde na verdade somos todos da mesma cor. Da cor da vida, da cor do amor, da cor da saudade, das cores que fazem o homem e a mulher de bem. Da cor do caráter, da cor da dignidade.
O que faz um ser diferente do outro? Sua alma e seu espírito. Pois a cor de sua pele é apenas a quantidade de melanina que recebeu, e nada mais. Nota-se também que a discriminação está dentro de cada um de nós e que é revelada pelo olhar. Se fecharmos os olhos, tudo fica igual.
Bom seria se não precisássemos fechar os olhos para ver, e que pudéssemos medir o ser humano olhando apenas nos olhos que são a janela da alma. E principalmente veríamos que não há cor para discriminação
Então veríamos que somos todos iguais. Cheio de falhas, defeitos, seres passíveis de errar e acertar, e também cheios de qualidades encobertas por falta de oportunidades.
O documentário Zumbí somos nós, também retrata a insegurança, em que vive a sociedade Brasileira. Não há como formar defensores da lei e da ordem, sem uma preparação de estudos aprofundados sobre os direitos humanos, a antropologia e as ciências sociais. Onde cada ser humano, estaria olhando o outro como a si mesmo para que não fosse cometido o erro de culpar alguém por ser pobre, negro, analfabeto, ou pelas suas opções sexuais, culturais e religiosas.
Ver-se uma grande preocupação dos estudiosos na área humanística em eliminar de vez a discriminação em nosso meio. Mas isso só será possível com a conscientização e engajamento de toda a sociedade.
“Não só a cor da pele é objeto de diferenciação. Inúmeros segmentos também são, geralmente, aqueles que se referem às minorias, como os índios, ciganos, portadores de deficiências, portanto com necessidade especiais (surdos, cadeirantes), as mulheres, os portadores de vírus HIV, os homossexuais, os velhos, os pobres [...]Como avançar neste aspecto embora as garantias constitucionais e internacionais, através de tratados ratificados pelo Brasil e outros dos quais foi signatário? “( Por: Isabel C. S. Vargas).
Referências.
A cor da pele e a discriminação
http://www.meuartigo.brasilescola.com/sociologia/a-cor-pele-discriminacao.htm
Acesso em 4/12/2010
Zumbí somos nós http://www.youtube.com/results?search_query=Zumbi+somos+nos&aq=f
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