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Podemos todas as coisas quando acreditamos fielmente no criador, não há nada impossível prá Deus. Pois o seu único motivo de existência é nos amar fielmente. Portanto, quando todas as portas se fecharem para ti, tenha certeza que a grande porta irá se abrir e tudo mudará em sua vida, a partir da hora que acreditar que você "pode tudo, naquele que te fortalece", Jesus Cristo, filho de Deus.

LIGA DAS FLORESTAS

sábado, 1 de dezembro de 2012

Teoria do Desenvolvimento


Segundo o dicionário, a palavra "teoria", do grego θεωρία ,o substantivo theoría significa ação de contemplar, olhar, examinar, especular; significa princípios básicos e elementares de uma arte ou ciência; sistema ou doutrina que trata desses princípios. A teoria surge com a observação de fatos, e há fatos que são também reconhecidos pelo mesmo nome de uma teoria. Uma teoria jamais é uma expressão perfeita da realidade, mas um modelo pelo qual essa realidade pode ser descrita e compreendida.O que é Desenvolvimento?
Em geral é um processo dinâmico de melhoria, que implica uma mudança, uma evolução, crescimento e avanço.

Teoria do Desenvolvimento
 O objecto da psicologia é o estudo científico do comportamento (reações observáveis) e os processos mentais e da relação entre eles (sentimentos, emoções, fantasias – não podem ser observáveis directamente). A psicologia estuda questões ligadas à personalidade, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema nervoso, ao comportamento em grupo, ao prazer e à dor...“Os psicólogos não se limitam à descrição do comportamento. Vão mais além: procuram explicá-lo, prevê-lo e, por último, modificá-lo para melhorar a vida das pessoas e da sociedade em geral.”
Cada teórico isolou e buscou esclarecer determinados aspectos da natureza humana, o problema é que cada um julgou que a sua visão fosse a mais acertada, aliás, a única correta, visto que suas teorias foram examinadas minunciosamente. Particularmente creio que cada teórico trouxe importante contribuição para uma melhor compreensão das partes que formam o todo que é o ser humano.
O comportamento humano é algo ainda envolto em mistérios que a ciência se dedica a desvendar. Cada teoria aqui colocada de forma resumida, representa um esboço destas tentativas de compreensão do potencial humano.
ERIK ERIKSONErik Homburger Erikson (Frankfurt, 15 de junho de 1902 - Harwich, 12 de maio de 1994) foi um psiquiatra responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia e um dos teóricos da Psicologia do Desenvolvimento.
Começou a sua vida como artista plástico. Em 1927, depois de estudar arte e viajar pela Europa, passou a leccionar em Viena a convite de Anna Freud, filha de Sigmund Freud. Sob orientação dela, submeteu-se à psicanálise e tornou-se ele próprio psicanalista, embora tenha tecido criticas à psicanálise por esta não ter em conta as interacções entre o individuo e o meio, assim como por privilegias os aspectos patológicos e defensivos da personalidade. No início da carreira, o interesse de Erikson esteve voltado para o tratamento de crianças e as suas concepções de desenvolvimento e de identidade influenciaram as pesquisas posteriores, nomeadamente sobre a adolescência. A si se deve a expressão "crise da adolescência".Em 1933 emigrou para os Estados Unidos e naturalizou-se americano. Leccionou nas universidades de Harvard, Berkeley e Yale. Na década de 1930, tendo mesmo habitado na reserva dos índios
Sioux, as suas experiências pessoais em antropologia, muito referidas nas suas obras, deram-lhe uma perspectiva social marcante. As investigações com os índios confrontaram-no com o sentimento de desenraizamento e de ruptura que estes experienciavam entre a história do seu povo e a cultura americana. Em 1936 transferiu-se para um centro de estudos de relações humanas e começou a estudar a influência de factores culturais no desenvolvimento psicológico.Com base nessas pesquisas formulou a teoria segundo a qual as sociedades criam mecanismos institucionais que propiciam e enquadram o desenvolvimento da personalidade, embora as soluções específicas para problemas similares variem de cultura para cultura. Na década de 1940, Erikson concebeu o modelo que expôs em ´Infância e sociedade´ (1950). Erikson publicou livros sobre Martinho Lutero, Gandhi e Hitler e escreveu ensaios em que relaciona a psicanálise com a história, política, filosofia e teologia, tais como "A história da vida e o momento histórico" (1975). Criador da expressão "crise de identidade", Erik Erikson morreu em 12 de maio de 1994, em Harwich, estado de Massachusetts. As suas concepções revolucionaram a psicologia do desenvolvimento, continuando, nos dias de hoje, a motivar investigações e reflexões várias.
Teoria do Desenvolvimento PsicossocialA teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson prediz que o crescimento psicológico ocorre através de estádios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interacção da pessoa com o meio que a rodeia. Esta teoria concebe o desenvolvimento em 8 estádios e cada estádio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma vertente negativa. As duas vertentes são necessárias mas é essencial que se sobreponha a positiva. A forma como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estádios irá influenciar a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida.
Princípio Epigenético: Cada estágio contribui para a formação da personalidade total, sendo por isso todos importantes mesmo depois de se os atravessar. Como cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve atribuir uma duração exata a cada estágio.
O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estágio específico. Nesse será então mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo também raízes prévias anteriores.A formação da identidade inicia-se nos primeiros quatro estágios, o senso desta negociado na adolescência, evolui e influencia nos últimos três.
Na opinião de Erikson, a personalidade forma-se à medida que as pessoas passam pelas fases psicossociais.Em cada fase há um conflito a enfrentar e a resolver, de forma positiva e negativa.

SOLUÇÃO POSITIVA: à Saúde Mental.
SOLUÇÃO NEGATIVA: à Desajustamento.
1º ESTÁGIO: CONFIANÇA X DESCONFIANÇA“A razão adequada de confiança e de desconfiança resulta na ascendência da esperança: A esperança é a virtude inerente ao estado de estar vivo mais primitiva e mais indispensável.”(Erikson, Apud; Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campbell, 2000: p. 70)- ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida. A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a reflectir-se nas relações futuras. Se a relação é de segurança e as suas necessidades são satisfeitas, a criança vai ter melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis socialmente requeridos.
2º ESTÁGIO: AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDANesse período os bebês sentem-se autônomos. Se os pais exigem demais muito cedo, ou impedem o uso de habilidades recentemente descobertas, as crianças sentem vergonha e dúvida.O segundo estádio – autonomia/dúvida e vergonha – é caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (os impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o meio deve estimular a criança a fazer as coisas de forma autónoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com sentimentos de vergonha. De facto, afirmar uma vontade é um passo importante na construção de uma identidade.
3º estágio: INICIATIVA X CULPA“O propósito, então, é a coragem de imaginar e buscar metas valorizadas não-inibidas pela derrota das fantasias infantis, pela culpa e pelo medo constante da punição.”(Erikson, Apud. Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; Jonh B. Campbell, 2000:p.172)é o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer. Este estádio marca a possibilidade de tomar iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de que pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir culpa.

4º estágio: DILIGÊNCIA X INFERIORIDADE“A competência, então é o livre exercício da destreza e da inteligência na conclusão de tarefas, não prejudicado pela inferioridade infantil.”(Erikson, Apud. Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campell, 2000: p.172)Decorre na idade escolar antes da adolescência. A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste estádio, a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes.
5º estágio: IDENTIDADE X CONFUSÃO DE PAPELA busca da identidade explica muitos padrões de comportamento adolescente. Marca o período da adolescência. É neste estádio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência. Factores que contribuem para a confusão da identidade são: perda de laços familiares e falta de apoio no crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares; dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que permitem o reconhecimento de outras perspectivas) e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e as figuras de ligação.
6º estágio: INTIMIDADE X ISOLAMENTOOs jovens adultos estão prontos para formar vínculos sociais duradouros: Demonstrar interesse, compartilhar e confiar nos outros. Ocorre entre os vinte e os 30 anos, aproximadamente. A tarefa essencial deste estádio é o estabelecimento de relações íntimas do jovem adulto com outras pessoas. A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer compromissos nem troca de afetos com intimidade.
7º estágio: GENERATIVIDADE X AUTO-ABSORÇÃOO Termo Generatividade foi cunhado por Erikson para se referir a um compromisso com o futuro e com a nova geração. É caracterizado pela necessidade em orientar a geração seguinte, em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de afirmação pessoal no mundo do trabalho e da família. A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos sociais, à falta de relações exteriores, à centralização em si próprio.
8º estágio: INTEGRIDADE X DESESPERANÇAAs pessoas que olham para trás sentem-se satisfeitas e aceitam sua vida, achando que valeu a pena viver, têm um senso de integridade.ocorre a partir dos sessenta anos e é favorável uma integração e compreensão do passado vivido. Quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta de poderes físicos, sociais e cognitivos, este estádio é mal ultrapassado.
Crise da Adolescência - Para que ocorra, são necessárias as seguintes condições: um certo nível de desenvolvimento intelectual, a ocorrência da puberdade, um certo crescimento físico e pressões culturais que levem o adolescente à efectiva ressíntese da sua identidade. Para além das mudanças físicas já referidas acima, o adolescente adquire também a capacidade de operações formais e raciocínio abstracto. O pensamento formal constitui a capacidade de reflectir acerca do seu próprio pensamento e do pensamento dos outros. O raciocínio abstracto permite colocar hipóteses, conceber teorias e opera com proposições.É fundamental que ocorra o chamado período de moratória, em que o jovem tem possibilidades de explorar hipóteses e escolher caminhos. De facto é nesta altura que vários agentes de socialização exercem pressão para o assumir responsabilidades e para a tomada de decisões, principalmente do foro escolar e profissional. Erikson considera que a moratória institucionalizada – rituais sociais para a entrada na idade adulta, como a escola da área profissional no ensino escolar – facilitam a preparação para a aquisição de papéis na sociedade. Por noutro lado, um contexto social não estruturado pode levar a uma crise de identidade. Como não é possível separar a crise de identidade individual com o contexto histórico da sociedade em que se insere o indivíduo, momentos de crise como guerras, epidemias e revoluções influenciam o adolescente em larga escala, quanto aos seus valores morais, por exemplo.Os outros têm um importante papel na definição da identidade: o jovem vê reflectido no seu grupo de amigos parte da sua identidade e preocupa-se muito com a opinião dos mesmos. Por vezes, procura amigos com “maneiras de estar” divergentes daquela em que cresceu, de forma a poder pôr em causa os valores dos pais, testando possibilidades para construir a sua própria “maneira”. O grupo permite um jogo de identificações e a partilha de segredos e experiências essenciais para o desenvolvimento da personalidade.Segundo Erikson, o adolescente que adquire a sua identidade é aquele que se torna fiel a uma coerente interacção com a sociedade, a uma ideologia ou profissão, que é também uma tarefa deste estádio. A fidelidade permite ao indivíduo a devoção a uma causa – compromisso com certos valores. Também permite confiar em si próprio e nas outras pessoas, como tal, a interacção social é fundamental. A formação de identidade envolve a criação de um sentido de unicidade: a unidade da personalidade é sentida por si e reconhecida pelos outros, como tendo uma certa consistência ao longo do tempo.
Ego Criativo: Soluções criativas para os problemas que surgem em cada estágio. Pois quando se sente ameaçado reage com um esforça renovado e não desiste, sendo os poderes de recuperação deste inerentes ao ego jovem. Opera independente do id e do superego.
Referência Bibliográfica
PAPALIA, D.; OLDS, S.W.; FELDMAN, R. D.Desenvolvimento Humano. 8 ed.Porto Alegre: Artmed, 2006http://www.teoriaspersonalidade.com.br/ /Acesso em 24/02/2008 as 12:00 h.
Fonte: Psicologando

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